A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 36 milhões de pessoas sofram de demência por causa dessa associação. E ainda que ela não tenha sido totalmente comprovada, a doença se agrava devido ao isolamento social e ao aumento de carga mental que a surdez provoca. Portanto, é preciso ficar atento aos sinais e investir em tratamentos que amenizem a perda auditiva. Confira este artigo e descubra como lidar com o problema!

Qual é a relação entre perda auditiva e declínio cognitivo?

perda auditiva exige que o portador se esforce mais para compreender a fala. Mesmo assim, muitas vezes, isso se torna tão difícil que o paciente prefere se isolar.

A partir daí, a tensão gerada e a falta de estímulos nas áreas de compreensão da fala começam a interferir na capacidade de cognição. Essa conclusão foi elaborada recentemente por um médico americano, com base em estudos realizados em adultos com e sem níveis de dificuldade auditiva.

Para descobrir isso, foram realizados diversos exames nesses pacientes e identificou-se a redução de mais de um centímetro cúbico na massa cerebral naqueles com perda auditiva. A parte mais afetada do cérebro foi aquela responsável por processar som e fala. Afinal, a linguagem é um dos principais canais de comunicação com o mundo. 

Essa atrofia também alcançou regiões que desempenham papéis importantes na memória e na percepção sensorial. Desse modo, a soma desses fatores pode levar à paralisação gradual das funções cerebrais e, ainda, causar depressão, ansiedade e outros problemas de cunho psicológico.

Quem pode ser atingido por esse declínio?

Idosos com perda auditiva são os mais atingidos pelo declínio cognitivo. Pesquisas relatam que as habilidades relacionadas à cognição caem de 30% a 40% mais rápido do que para aqueles que não têm nenhum transtorno auditivo. O prejuízo é significativo: as capacidades são reduzidas cerca de 2 ou 3 anos mais rápido do que quem tem uma audição normal.

Outro motivo para os idosos serem mais afetados é que, geralmente, eles recebem menos atenção. No caso das crianças, os pais estão sempre atentos ao seu desenvolvimento. No entanto, as dificuldades dos idosos costumam ser atribuídas ao processo natural de envelhecimento. Assim, na maior parte dos casos, os sintomas só são percebidos quando o quadro já está grave.

Por esse motivo, a degradação da audição no idoso não pode ser considerada apenas um fator comum do envelhecimento. Ela pode acarretar questões ainda mais sérias, que exijam providências rápidas para que ele não perca seu interesse pelo convívio social e consiga manter sua qualidade de vida e funções cerebrais sempre ativas.

No entanto, como identificar a diminuição da audição?

Por ser um processo que ocorre de maneira gradativa, é comum que só fique perceptível quando já está em um grau mais avançado. Por isso, para evitar que isso aconteça, é importante ficar sempre de olho em alguns sinais clássicos.

Se você notar que a pessoa parece se esforçar para compreender o que você está dizendo, pede que a mesma frase seja repetida diversas vezes, sente-se confusa em ambientes barulhentos e começa a ouvir a televisão em um volume muito alto, é bom ficar de olho.

Afinal, por mais que o cérebro tenha a capacidade de fazer muitas coisas simultaneamente, ele também tem atenção seletiva. O que quer dizer que se estiver totalmente focado em tentar compreender o mundo ao redor, pode se desligar da necessidade de realizar outras atividades importantes. Dessa forma, a falta de atenção e os esquecimentos constantes podem ser sinais que evidenciam esse processo.

Se você notou algo de estranho, antes de procurar o médico e submeter a pessoa a uma série de exames, uma boa dica é realizar um teste online. Ele é bem simples, rápido e pode ser um ótimo indicativo de que está na hora de se preocupar com o assunto. Se algo estiver errado, na grande maioria dos casos, o uso de um aparelho auditivo resolve o problema.

Como prevenir a perda auditiva?

É claro que o melhor tratamento é sempre a prevenção! Existem muitos fatores que podem influenciar a perda da audição, como a genética, o estilo de vida e, até mesmo, a profissão do paciente.

No entanto, ainda assim, mudar alguns hábitos ao longo da vida pode preservar sua capacidade auditiva por muito mais tempo. É importante evitar o uso de fones de ouvido ou a música ambiente com volume alto por muito tempo, não passar horas em ligações telefônicas e usar protetores auriculares em locais de extremo barulho.

Como evitar o avanço do declínio cognitivo em decorrência da audição?

Para que perda auditiva e declínio cognitivo não sejam agravados, é fundamental que o paciente reconheça que precisa da ajuda de um especialista. Mesmo que ele garanta que tem uma boa audição e não associe os dois problemas, somente um médico conseguirá identificar se realmente existe algo errado. Caso o diagnóstico seja positivo, o tratamento precisa ser iniciado conforme as indicações repassadas.

Hoje, a tecnologia disponibiliza, no mercado, diversos tipos de aparelhos auditivos de uso prolongado, extremamente discretos e confortáveis. Em boa parte dos casos, basta uma boa adaptação ao uso para servir de estímulo às atividades cognitivas.

Com a comunicação restaurada, o cérebro volta a receber estímulos nas áreas anteriormente afetadas e volta a trabalhar de maneira mais ativa. Além disso, o indivíduo se sente mais à vontade para se relacionar e retomar suas tarefas diárias e se sente apto a realizar atividades que antes pareciam desafiadoras. Com isso, o declínio cognitivo é retardado.

Como você pôde ver, perda auditiva e declínio cognitivo podem ter graves consequências na vida dos pacientes. O declínio cognitivo, inclusive é uma das mais preocupantes consequências da perda auditiva e merece ser tratada com atenção. Afinal, isso pode comprometer todas as esferas da vida do paciente e levá-lo ao isolamento, à depressão, à dependência emocional e, eventualmente, à demência.

Dessa forma, caso note a manifestação de algum sinal de perda auditiva, não deixe de procurar orientação médica o quanto antes. A realização de um teste online rápido já pode ser um grande indicativo.

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