Alguns estudos realizados nos Estados Unidos mostram que mulheres que fizeram uso frequente desses remédios tiveram perda de saúde auditiva. Os homens não ficam de fora deste índice: pesquisadores identificaram também perda de audição devido ao mesmo consumo constante.

Portanto, tenha cuidado e atenção com esses medicamentos. E, para entender melhor qual a relação entre perda auditiva e analgésicos, continue a leitura deste artigo.

Quais são as estatísticas apresentadas pelos estudos?

Realizado pelo Brigham and Women's Hospital, ligado à Universidade de Harvard, um dos estudos determinou que as mulheres afetadas pela perda auditiva em geral utilizavam os analgésicos por um período de 6 anos ou mais. Outras mulheres testadas, que utilizaram os medicamentos por uma ou duas vezes na semana e em período menor, não apresentaram qualquer efeito.

A faixa etária acompanhada nos exames abrangeu idades entre 48 e 73 anos. Alguns analgésicos utilizados eram a Aspirina, ibuprofeno e paracetamol. 16,2% de um total de 54 mil mulheres apresentaram os efeitos e a alta porcentagem fez com que a comunidade médica desse o alerta.

Os homens, por sua vez, foram acompanhados durante 18 anos em uma pesquisa publicada no American Journal of Medicine. 26 mil pacientes fizeram parte dos estudos e a maioria deles apresentou resultados de perda de deficiência auditiva por causa de analgésicos em idade inferior a 60 anos. A frequência de ingestão de medicamento foi de duas vezes por semana. O consumo do ibuprofeno é o mais alarmante: 61% dos homens com menos de 50 anos apresentaram perda total ou parcial da audição.

Como perda auditiva e analgésicos se relacionam?

Os ouvidos e toda a região do aparelho auditivo são extremamente sensíveis. Portanto, são facilmente afetados pelas chamadas substâncias ototóxicas, muito presentes em analgésicos. Elas atuam, principalmente, na degeneração das células ciladas do ouvido, que criam impulsos nervosos enviados ao cérebro para que ele leia e compreenda os sons.

Sendo assim, ter cuidado com a medicação é extremamente importante. Não basta apenas deixar de consumir o analgésico com frequência, mas também é necessário não se automedicar e seguir apenas as recomendações fornecidas por um médico, tanto em indicação do remédio quanto nas quantidades determinadas.

Ao menor sinal de ruídos ou audição tampada, suspenda o uso imediatamente e consulte um especialista. Em alguns casos, o dano é irreversível e pode se tornar um problema ainda maior, comprometendo até mesmo as habilidades de comunicação social.

O que fazer para cuidar da audição?

Ainda é preciso tomar mais providências para evitar a perda auditiva. Outros medicamentos como antibióticos, diuréticos e salicilatos, por exemplo, também são considerados ototóxicos e podem prejudicar o sistema auditivo.

Além disso, o ideal é não escutar música ou qualquer outro tipo de áudio em volume alto, principalmente em fones de ouvido, e nem inserir remédios caseiros em gotas no ouvido sem autorização médica. Evite ambientes barulhentos e com ruídos agudos e faça a higienização correta do ouvido periodicamente.

Uma vez que a perda auditiva e analgésicos estão diretamente relacionados, não deixe de observar o consumo próprio do medicamento. Acompanhe também o uso de outras pessoas da família, pois o problema pode atingir várias idades.

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